OS TRAPAHLOES.....ESSE VIDEO E P O DU E P O LEO ESPERO GOSTEM....
Wednesday, September 24, 2008
Secos e Molhados - Sangue latino + O Vira
espero q gostem .... secos e molhados em 1974....muito antigo esse video...amei
Tuesday, September 23, 2008
O Paradoxo do Nosso Tempo
Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente. Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do ‘fast-food’ e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas ‘mágicas’. Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na despensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar ‘delete’.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer ‘eu teamo’ à sua companheira (o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, ame… Ame muito.
Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem! Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.
Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do ‘fast-food’ e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas ‘mágicas’. Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na despensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar ‘delete’.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer ‘eu teamo’ à sua companheira (o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, ame… Ame muito.
Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem! Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.
Monday, September 22, 2008
Sunday, September 21, 2008
LIXO - CRONICA DE LUIS FERNANDO VERISSIMO
Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.
_ Bom dia...
_Bom dia.
_ A senhora é do 610.
_ E o senhor é do 612.
_ É.
_ Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
_ Pois é...
_ Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...
_ O meu quê?
_ O seu lixo.
_ Ah...
_ Reparei que nunca é muito. Sua família deve se pequena...
_ Na verdade sou só eu.
_ Mmmmm. Notei também que o senhor usa muita comida em lata.
_ É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...
_ Entendo.
_ A senhora também...
_ Me chame de você
_ Você também perdoe a minha indiscrição, mas também tenho visto alguns restos de comida em seu lixo, champignons, coisas assim...
_ É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas, como moro sozinha, às vezes sobra...
_ A senhora... Você não tem família.
_ Tenho , mas não aqui.
_ No Espírito Santo.
_ Como é que você sabe?
_ Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito santo.
_ É. Mamãe escreve todas as semanas.
_ Ela é professora?
_ Isso é incrível? Como foi que você adivinhou?
_ Pela letra no envelope. Achei que fosse letra de professora.
_ O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
_ Pois é...
_ No outro dia tinha um envelope de telegrama amassado.
_ É.
_ Más notícias?
_ Meu pai. Morreu.
_ Sinto muito.
_ Ele já estava bem velhinho. Lá no sul. Há tempos não nos víamos.
_ Foi por isso que você começou a fumar?
_ Como é que você sabe?
_ De um dia para o outro começaram a aparecera catreiras de cigarros amassadas no seu lixo.
_ É verdade. Mas consegui parar outra vez.
_ Eu, nunca fumei.
_ Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimidos no seu lixo...
_ Tranqüilizantes. foi uma fase. Já passou.
_ Você brigou com o namorado, certo?
_ Isso você também descobriu no lixo?
_ Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.
_ É, chorei bastante, mas já passou.
_ Mas hoje ainda têm uns lencinhos...
_ É que estou comum pouco de coriza.
_ Ah.
_ Vejo muitas revistas de palavras cruzadas no seu lixo.
_ É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
_ Namorada?
_ Não.
_ Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
_ Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
_ Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
_ Você já está analizando o meu lixo!
_ Não posso negar que o seu lixo me interessou.
_ Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a poesia.
_ Não! Você viu meus poemas?
_ Vi e gostei muito.
_ Mas são muito ruins!
_ Se você achasse eles ruins mesmo, teria rasgado. eles só estavam dobrados.
_ Se eu soubese que você ia ler...
_ Só não fiquei com eles porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
_ Acho que não. Lixo é domínio público.
_ Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra da vida dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
_ Bom, aí você está indo longe demais no lixo. Acho que...
_ Ontem no seu lixo...
_ O quê?
_ Me enganei, ou éram cascas de camarão?
_ Acertou. Comprei alguns camarões graúdos e descasquei.
_ Eu adoro camarão.
_ Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode...
_ Jantar juntos?
_ É.
_ Não quero dar trabalho.
_ Trabalho nenhum.
_ Vai sujar a sua cozinha.
_ Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.
_ No seu lixo ou no meu?
(Extraído de "O Analista de Bagé")
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